Complexo de Édipo.

Alunas: Fernanda Malichesk, Franscielle Melin Fiamoncini e Jenyfeer Tamira Carvalho Uler.
Livro: Édipo: O complexo do qual nenhuma criança escapa.
Autor: J.D. Nasio

Vamos então abrir um espaço para a Psicanálise neste blog, e falemos sobre o Complexo de Édipo.

Este livro explora um tema polêmico e que pode ser considerado um dos conceitos cruciais da psicanálise, pois uma vez que o conjunto de sentimentos que uma criança experimenta durante essa experiência sexual que é chamada de complexo de Édipo é, na visão psicanalítica, o modelo que é utilizado para pensar o adulto que se é hoje.

Com 20 livros publicados pela editora Zahar, Nasio se destaca pela clareza e objetividade com que consegue transmitir, inclusive para leigos, conceitos complexos da psicanálise de uma forma bem didática, trazendo muitos exemplos nos quais podemos vivenciar em nosso cotidiano.


Convido você, leitor deste blog, para que prestigie a leitura do livro Édipo: O complexo do qual nenhuma criança escapa, e que junto entremos em detalhes sobre alguns termos que J.-D. Nasio cita no decorrer do livro, Para melhor compreensão de conceitos e termos utilizados pela Psicologia e a Psicanálise. Abaixo segue algumas palavras do livro, com seus respectivos significados, para melhor entendimento no decorrer de sua leitura.

Psicanálise: “Termo criado por Sigmund Freud, em 1896, para nomear um método particular de psicoterapia (ou terapia pela fala) proveniente do processo catártico (catarse) de Josef Breuer e pautado na exploração do inconsciente, com a ajuda da associação livre, por parte do paciente, por parte do psicanalista.
Por extensão, dá-se o nome de psicanálise:
1. ao tratamento conduzido de acordo com esse método.
2. À disciplina fundada por Freud (e somente a ela), na medida em que abrange um método terapêutico, uma organização clinica, uma técnica psicanalítica, um sistema de pensamentos e uma modalidade de transmissão do saber (analise didática, supervisão) que se apóia na transferência e permite formar praticantes do inconsciente.
3. Ao movimento psicanalítico, isto é, a uma escola de pensamento que engloba todas as correntes do freudismo.” (Roudinesco, Plon, 1998; p.603)

Complexo de Édipo: “É um desejo sexual próprio de um adulto, vivido na cabeçinha e no corpinho de uma criança de quatro anos e cujo objetivo são os pais.” (...) “É a primeira vez na vida que a criança conhece um movimento erótico de todo o seu corpo em direção ao corpo do outro.” (J.-D. Nasio, 2007; p 10)
(...)absorvida por um desejo sexual incontrolável, tem de aprender a limitar seu impulso e ajustá-lo aos limites de seu corpo imaturo, aos limites de sua consciência nascente, aos limites de seu meso e, finalmente, aos limites de uma Lei tácita que lhe ordena que pare de tomar seus pais por objetos sexuais.Eis então o essencial da crise edipiana: aprender a canalizar um desejo trasnbordante. (J.-D. Nasio, 2007; p 12)

Incesto: “Relações sexuais entre parentes próximos ou afins. Segundo, Freud, o incesto é sempre desejado inconscientemente.” (Roland Chemama, 1995; p.105).

Castração: “Em psicanálise, o conceito de “castração” não corresponde á acepção habitual de mutilação dos órgãos sexuais masculinos, mas designa uma experiência psíquica completa, inconscientemente vivida pela criança por volta dos cinco anos de idade, e decisiva para a assunção de sua futura identidade sexual.” (J.-D. Nasio, 1997; p. 33)

Falo: “O falo não é o pênis enquanto órgão. O falo é um pênis fantasiado, idealizado, símbolo da onipotência e de seu avesso, a vulnerabilidade. “(J.-D. Nasio, 2007; p.22)

Transferência: “Termo progressivamente utilizado por Sigmund Freud e Sandor Ferenczi (entre 1900 e 1909), para designar um processo constitutivo do tratamento psicanalítico mediante do qual os desejos inconscientes do analisando concernentes a objetos externos passam a repetir, no âmbito da relação analítica, na pessoa do analista, colocando na posição desses diversos objetos.” (Roudinesco, Plon, 1998; p.767)

Desejo: “Termo empregado em filosofia, psicanálise e psicologia para designar, ao mesmo tempo, a propensão, o anseio, a necessidade, a cobiça ou o apetite, isto é, qualquer forma de movimento em direção a um objeto cuja atração espiritual ou sexual é sentida pela alma e pelo corpo.
Em Sigmund Freud, essa idéia é empregada no contexto de uma teoria do inconsciente para designar, ao mesmo tempo, a propensão e a realização da propensão. Nesse sentido, o desejo é a realização de um anseio ou voto (wunsch) inconsciente.” (Roudinesco, Plon, 1998; p.146)

Narcisismo: “(...) não se define, de maneira alguma, por um simples voltar-se a si mesmo “amar a si mesmo”, mas por um “amar a si mesmo como objeto sexual”: o eu-pulsão sexual ama o eu-objeto-fantasiado-sexual.” (.-D. Nasio, 1999; p.58)

Angustia: “Afeto de desprazer maior ou menor, que se manifesta, em um sujeito, em lugar de um sentimento inconsciente, na espera de alguma coisa que não pode nomear.” (Roland Chemama, 1995; p.14).

Gozo: “Diferentes relações com a satisfação que um sujeito desejante e falante pode esperar e experimentar, no uso de um objeto desejado.” (Roland Chemama, 1995; p. 90).

Inveja: “(...) Designar um sentimento primário e inconsciente de avidez em relação a um objeto que se quer destruir ou danificar. “A inveja aparece desde o nascimento e é inicialmente dirigida contra o seio da mãe.” (Roudinesco, Plon, 1998; p.397)

Metapsicologia: “(...) consiste na elaboração de modelos teóricos que não estão diretamente ligados a uma experiência prática ou a uma observação clínica; ela se define pela consideração simultânea dos pontos de vista dinâmico, tópico e econômico.” (Roudinesco, Plon, 1998; p.511)

Psicose: “(...) designou inicialmente o conjunto das chamadas doenças mentais, fossem elas orgânicas (como a paralisia geral) ou mais especificamente mentais, restringindo-se depois ás três grandes formas modernas de loucuras: esquizofrenia, paranóia e psicose maníaco-depressiva.” (Roudinesco, Plon, 1998; p.621)

Supereu: “(...) Mergulha suas raízes no isso e, de uma maneira implacável, exerse as funções de juiz e censor em relação ao eu. No Brasil também se usa “superego”.” (Roudinesco, Plon, 1998; p.744)



Referências:

CHEMAMA, Roland. Dicionário da Psicanálise/ Roland Chemama; Trad. Francisco Franke Settineri – Porto Alegre; Artes Médicas Sul, 1995.DORON, Roland. FRANÇOISE, Parot. Dictionaire de Psychologie de Roland Doron e Françoise Parot – Tradução Odilon soares Leme- Presses Universitaires de France, 1991.

NASIO, Juan-David. O prazer de ler Freud. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,1999.

NASIO, Juan-David. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,2007.

NASIO, Juan-David. Lições sobre os 7 conceitos cruciais da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,1997

ROUDINESCO. Elisabeth. PLON, Michel. Dicionário de Psicanélise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.

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